Crise Alimentar

Conflitos, perturbações econômicas, eventos climáticos extremos e a escalada vertiginosa dos preços dos fertilizantes estão se combinando para gerar uma crise alimentar de proporções sem precedentes.

A incerteza sobre a origem da próxima refeição assombra aproximadamente 828 milhões de pessoas. Estamos diante de uma encruzilhada: tomar medidas imediatas para salvar vidas e investir em soluções que garantam a segurança alimentar, a estabilidade e a paz para todos, ou testemunhar um aumento crescente da fome ao redor do mundo.

Por que o mundo está mais faminto do que nunca?

A fome global é impulsionada por uma combinação letal de conflitos, crises climáticas e altos preços de fertilizantes. Cerca de 70% das pessoas famintas vivem em áreas afetadas por guerras e violência. Os choques climáticos destroem colheitas e meios de subsistência, prejudicando a capacidade das pessoas de se alimentarem. Os preços globais de fertilizantes dispararam, ameaçando a disponibilidade de alimentos. Além disso, os custos operacionais aumentaram, levando à redução de rações para alcançar mais pessoas.

A fome mundial exige ação imediata para enfrentar esses desafios, garantindo a paz, agindo contra as mudanças climáticas e buscando soluções para os altos preços de fertilizantes. É fundamental fornecer alimentos para todos e abordar as causas subjacentes da fome.

Resumindo, a fome é impulsionada por conflitos, crises climáticas, preços de fertilizantes e custos operacionais elevados. Ações urgentes são necessárias para resolver esses problemas e garantir a disponibilidade de alimentos para todos.

Do Corredor Seco da América Central e do Haiti, através do Sahel, da República Centro-Africana, do Sudão do Sul e depois em direção ao Chifre da África, Síria, Iêmen e até o Afeganistão, conflitos e choques climáticos estão levando milhões de pessoas à beira da inanição.

No ano passado, o mundo reuniu recursos extraordinários - um recorde de impressionantes US$14 bilhões somente para o PMA - para enfrentar a crise alimentar global sem precedentes. Em países como a Somália, que tem lutado na iminência da fome, a comunidade internacional se uniu e conseguiu resgatar as pessoas. Porém, não é suficiente apenas manter as pessoas vivas. Precisamos ir além e isso só pode ser alcançado ao abordarmos as causas fundamentais da fome.

As consequências de não investir em atividades de fortalecimento terão repercussões além das fronteiras. Se as comunidades não forem capacitadas para resistir a choques e adversidades, isso pode resultar em aumento da migração e possíveis instabilidades e conflitos. A história recente nos ensinou isso: quando o PMA ficou sem recursos para alimentar os refugiados sírios em 2015, eles não tiveram outra opção a não ser deixar os acampamentos e procurar ajuda em outros lugares, causando uma das maiores crises de refugiados na história recente da Europa.

Uma proposta de solução consiste na utilização de Inteligências Artificiais generativas para aprimorar a produção agrícola, a distribuição de alimentos e a eficiência dos sistemas de alimentação. As IA generativas podem desempenhar um papel fundamental na criação de modelos de cultivo mais eficientes e sustentáveis, na previsão de condições climáticas e de solo, bem como no desenvolvimento de métodos inovadores de produção de alimentos, como agricultura vertical, aquaponia e hidroponia. Essas tecnologias permitem o cultivo de alimentos em áreas anteriormente consideradas inadequadas, aumentando a produtividade e reduzindo o desperdício de recursos naturais.

Essa solução traz benefícios significativos para o público-alvo, pois oferece meios para superar os desafios enfrentados na produção e distribuição de alimentos. Ela viabiliza o acesso a alimentos em regiões remotas, aumenta a eficiência da produção agrícola e reduz o desperdício de recursos, contribuindo para a segurança alimentar e a sustentabilidade.